Rachel de Queiroz |
Romancista, cronista, tradutora e dramaturga, Rachel de Queiroz nasceu em Fortaleza a 17 de novembro de 1910. Antes de completar sete anos de idade, transferiu-se com a família para o Rio de Janeiro e, pouco tempo depois, para Belém do Pará, na tentativa de apagar da lembrança os horrores da seca de 1915. De volta a Fortaleza em 1919 e, sem nunca ter frequentado os bancos escolares, matriculou-se, em 1921, no curso Normal do Colégio Imaculada Conceição, diplomando-se aos 15 anos de idade.
Estreou nas letras em 1927, como colaboradora do jornal O Ceará. Três anos mais tarde, lançaria seu primeiro livro - O Quinze - romance de fundo social retratando a luta inglória de um povo contra a miséria e a seca. A obra foi muito bem recebida pela crítica e lhe valeu o prêmio da Fundação Graça Aranha (1931), de grande importância nos meios literários da época. João Miguel, seu segundo romance, apareceria em 1932, sendo recebido com o mesmo entusiasmo.
Após um intervalo de cinco anos, sai, em 1937, Caminho de Pedras e, dois anos mais tarde, As Três Marias. Em todos eles, sempre presentes a preocupação social, a emoção e o cotidiano das pessoas - tudo expresso numa linguagem simples, muito pessoal. A força de seus escritos está nos personagens e na ação. Em As Três Marias, a ação se desenrola num internato feminino de orientação católica e os episódios são narrados por Maria Augusta, uma ex-aluna do internato.
Residindo no Rio de Janeiro por longos anos, Rachel de Queiroz colaborou de forma assídua como cronista em inúmeros jornais e revistas. De sua experiência jornalística, nasceram vários livros de crônicas, que se intercalam com um novo romance (Dôra, Doralina, 1974), duas peças teatrais, um livro de literatura infanto-juvenil, um texto para a televisão. Além disso, dedicou-se à tradução, transportando para o Português cerca de 50 volumes: Tolstói, Emily Brontë, Dostoiévski, Cronin, estão entre os autores traduzidos. Primeira escritora a integrar a Academia Brasileira de Letras, Rachel de Queiroz foi eleita em agosto de 1977.
Rachel |
Segundo notícia que circulou em 1991, a Editora Siciliano, de São Paulo, pagou US$150.000,00 pelos direitos de publicação da obra completa de Rachel.
Já na nova editora, lança em 1992 o romance "Memorial de Maria Moura".
Em 1993, recebe dos governos do Brasil e de Portugal, o Prêmio Camões e da União Brasileira de Escritores, o Juca Pato. A Siciliano inicia o relançamento de sua obra completa.
1994 marca a estréia, na Rede Globo de Televisão, da minissérie "Memorial de Maria Moura", adaptada da obra da escritora. Tendo no papel principal a atriz Glória Pires, notícias dão conta que Rachel recebeu a quantia de US$50.000,00 de direitos autorais.
Inicia seu livro de memórias, em 1995, escrito em colaboração com a irmã Maria Luiza, que é publicado posteriormente com o título "Tantos anos".
Pelo conjunto de sua obra, em 1996, recebe o Prêmio Moinho Santista.
Em 2000, é publicado "Não me Deixes — Suas histórias e sua cozinha", em colaboração com sua irmã, Maria Luiza.
Rachel de Queiroz |
Rachel de Queiroz chega aos 90 anos afirmando que não gosta de escrever e o faz para se sustentar. Ela lembra que começou a escrever para jornais aos 19 anos e nunca mais parou, embora considere pequeno o número de livros que publicou. “Para mim, foram só cinco, (além de O Quinze, As Três Marias, Dôra, Doralina, O Galo de Ouro e Memorial de Maria Moura), pois os outros eram compilações de crônicas que fiz para a imprensa, sem muito prazer de escrever, mas porque precisava sustentar-me”, recorda ela. “Na verdade, eu não gosto de escrever e se eu morrer agora, não vão encontrar nada inédito na minha casa”.
Recebe, em 06-12-2000, o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Estadual do Rio de Janeiro.
Em 2003, é inaugurado em Quixadá (CE), o Centro Cultural Rachel de Queiroz.
Faleceu, dormindo em sua rede, no dia 04-11-2003, na cidade do Rio de Janeiro. Deixou, aguardando publicação, o livro "Visões: Maurício Albano e Rachel de Queiroz", uma fusão de imagens do Ceará fotografadas por Maurício com textos de Rachel de Queiroz.
Em 2003, é inaugurado em Quixadá (CE), o Centro Cultural Rachel de Queiroz.
Faleceu, dormindo em sua rede, no dia 04-11-2003, na cidade do Rio de Janeiro. Deixou, aguardando publicação, o livro "Visões: Maurício Albano e Rachel de Queiroz", uma fusão de imagens do Ceará fotografadas por Maurício com textos de Rachel de Queiroz.
Fonte: Livro: As Três Marias - Rachel de Queiroz - Abril Cultural.
Balilarina,
ResponderExcluirBelo blog. Descobri hoje pela homenagem à Raquel de Queiroz.
Felicidades!
Paula
Paula
ResponderExcluirMuito obrigada pelos elogios!
Felicidades.
Bailarina